Modelo engorda 15 kg para participar de desfiles plus size: 'Faço o que quero e tô me achando linda'
O mercado plus size, destinado a alimentar um público que utiliza tamanhos grandes de roupa, vem ganhando espaço no mundo da moda. Com o intuito de entrar para este setor, depois de 8 anos de profissão, a modelo Shirley Mamede foi convidada, em 2017, a engordar 15 quilos para participar dos desfiles e aceitou a proposta.
Shirley não foi a única que resolveu apostar no mercado plus size. Entre 2017 e 2018, o setor movimentou quase R$ 6 bilhões. A previsão é a de que em 2019 o mercado nacional fature R$ 11 bilhões. Segundo o instituto de estudos e marketing industrial, o setor plus size deve crescer 6,5% este ano.
Uma das lojas que apostou no setor há mais de 20 anos, tem 45% da sua produção mensal destinada aos tamanhos grandes. “A calça plus size para ser adequada e vestir bem ela tem que ter uma altura ideal, então você tem um quadril diferente, uma altura de corte diferente e o entreperna diferente”, disse o gerente da loja, Nelson Tranquez.
A moda plus size também se transformou e trouxe mais variedade ao público. Há 10 anos a blogueira, Ranata Vaz, organiza um evento para fomentar o mercado e trazer novidades. “Muito top, vestidos justinhos, tendência de moda. Aquela roupa saco de batata não existe mais. Você pode usar tudo", diz ela.
O aumento na oferta de produtos agradou os consumidores, mas eles ainda dizem que precisa melhorar mais. “Na adolescência eu não usava jeans, eu tinha um certo receio de chegar na loja e saber que a calça não vai entrar, hoje em dia está melhorando, mas pode melhorar mais”, disse Rúbia Ponick.
“Eu topei na hora. As pessoas dizem um padrão que a mulher tem que ser magra, tem que ir para academia, deixar de comer, e eu já fui assim. Hoje eu como, claro, com saúde, mas eu como o que eu quero, faço o que eu quero e eu tô me achando linda”, disse ela em entrevista ao SP1.
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