EUA aprova impeachment de Trump; processo segue para o Senado

Câmara dos EUA aprova impeachment de Trump; processo segue para o Senado
Trump fala em comício de Natal em Battle Creek enquanto a Câmara dos Deputados, em Washington votava a favor de seu impeachment — Foto: Reuters/Leah Millis
Ele foi acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso e foi o terceiro presidente na história do país a sofrer impeachment. Trump continua no cargo enquanto espera julgamento no Senado, que deve acontecer em janeiro.
O impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi aprovado nesta quarta-feira (18) pela Câmara dos Deputados. A Casa votou pela aprovação de duas acusações (veja detalhes sobre cada uma mais abaixo):
A suspeita é que Trump tenha usado seu cargo de presidente para pressionar o governo ucraniano a produzir material contra um rival político, sob ameaça de congelamento de repasse de verba de ajuda militar. Além disso, Trump é acusado de proibir pessoas a ligadas a ele de prestarem depoimento na Câmara


A votação foi precedida por um debate que durou mais de dez horas, no qual discursaram deputados dos partidos Democrata e Republicano, expondo seus pontos de vista a favor e contra o impeachment.


Enquanto o impeachment era aprovado, Trump participava de um comício em Battle Creek, Michigan. "Não parece que estamos sofrendo impeachment", disse Trump à multidão. “O país está indo melhor do que nunca. Não fizemos nada de errado. Temos um tremendo apoio no Partido Republicano, como nunca tivemos antes", discursou.


No Twitter, Trump respondeu indignado, falando em "mentiras atrozes da esquerda radical". "Isto é um ataque à América, e um ataque ao Partido Republicano", escreveu.


Em sua defesa, alguns deputados republicanos se exaltaram e até exageraram nas comparações. Mike Kelly, da Pensilvânia, disse que 18 de dezembro de 2019 seria lembrado da mesma forma como o dia do ataque japonês a Pearl Harbor, na II Guerra Mundial.
Deputado Louie Gohmert, do Partido Republicano do Texas, discursa no plenário antes do voto que decidirá se Donald Trump sofrerá impeachment — Foto: House TV via REUTERS
“Em 7 de dezembro de 1941, um ato horrível aconteceu nos Estados Unidos, sobre o qual o presidente Roosevelt disse 'esta é uma data que viverá na infâmia'. Hoje, 18 de dezembro de 2019, é outra data que irá viver na infâmia”, disse.



Já Barry Loudermilk, do estado da Georgia, chocou diversos colegas ao comparar o inquérito com o julgamento de Jesus, dizendo que Cristo teve mais direitos antes de sua crucificação do que o presidente.

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