O novo coronavírus, que já infectou quase 100 000 pessoas em 85 países, sofreu pelo menos uma mutação e se tornou mais agressivo, diz estudo realizado na China. Após analisarem amostras de 103 pacientes, pesquisadores da Universidade de Pequim e do Instituto Pasteur de Xangai encontraram duas cepas do novo coronavírus: “S” e “L”. Ambas estão associadas à epidemia atual.
A primeira (L) parece ser a cepa original, que causou os primeiros casos da doença. A segunda, teria surgido logo depois e parece ser mais agressiva. Na análise, 70% dos pacientes apresentavam a cepa “L” e apenas 30% a “S”.
Essa diferença indicaria que a cepa “L” é transmitida mais facilmente ou se replicaria mais rapidamente dentro do corpo. Entretanto, os pesquisadores ressaltam que isso é apenas uma hipótese, pois ainda não houve comparação direta para verificar se as pessoas que pegam essa versão do vírus têm maior probabilidade de transmiti-la ou sofrem sintomas mais graves.
Segundo os pesquisadores, o tipo “L” foi mais prevalente durante os estágios iniciais do surto em Wuhan, epicentro da doença, mas diminui a partir do início de janeiro. “A intervenção humana pode ter colocado uma pressão seletiva mais severa sobre o tipo L, que pode ser mais agressiva e se espalhar mais rapidamente. Por outro lado, o tipo S, que é evolutivamente mais antiga e menos agressiva, pode ter aumentado em frequência devido à pressão seletiva relativamente mais fraca ”, escreveram os pesquisadores.
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