Mais vulneráveis ao coronavírus, idosos resistem à quarentena
Para convencer Dona Doroti Ribeiro, de 80 anos, a ficar em casa em meio à pandemia do coronavírus, o analista financeiro Raphael Fernandes teve que radicalizar: inventou uma fakenews e passou um trote para a avó, como se fosse um servidor do INSS, para ameaçá-la com a perda da aposentadoria caso ela continuasse com suas "voltinhas" pela rua. É que ela insistia numa rebeldia que tem levado muitos idosos às praças, filas de banco e mercados, apesar dos apelos para que façam quarentena, já que são grupo de risco para a Covid-19.
Eles andam tão resistentes que, em bairros com maior proporção de idosos, como Copacabana, há carros de som circulando com alerta especial para que eles cumpram o isolamento. Na Praça Saens Peña, na Tijuca, onde grupos costumam se reunir para bater papo e jogar cartas, a saída foi interditar a área com uma fita preta e amarela usada para indicar zonas de perigo. Adiantou só ali, porque outros pontos do bairro estão cheios de "cabeças brancas" como Dona Doroti, que mora em São Gonçalo.
— Ela queria dar os parabéns a meu tio pelo aniversário dele. Pedimos que ela não saísse, mas ela respondeu que tinha um médico. Ligamos para o doutor e, de fato, ela tinha a consulta. Mas, à noite, quando telefonei para meu tio, escutei uma voz ao fundo. Quem estava lá? Ela — contou Fernandes.
De acordo com ele, Doroti é muito ativa e teve agenda intensa no o carnaval. Independentemente da circunstância, mesmo quando há notícias de tiroteio na região ou chove, ela sempre sai de casa. Foi por isso que ele decidiu adotar a estratégia mais austera.
— Quando ela atendeu o telefone, eu disse: 'A senhora foi vista circulando por Alcântara'. Ela perguntou de onde eu era. Eu disse que do INSS e continuei: ‘esse é o último aviso. Caso desrespeite, a senhora será bloqueada no INSS e vai ficar seis meses sem receber’ Ela pediu pelo amor de Deus que não, porque tinha contas a pagar. Agora, não sai de casa de forma alguma. Não vamos falar a verdade, até essa onda passar — afirma o analista.
Para convencer Dona Doroti Ribeiro, de 80 anos, a ficar em casa em meio à pandemia do coronavírus, o analista financeiro Raphael Fernandes teve que radicalizar: inventou uma fakenews e passou um trote para a avó, como se fosse um servidor do INSS, para ameaçá-la com a perda da aposentadoria caso ela continuasse com suas "voltinhas" pela rua. É que ela insistia numa rebeldia que tem levado muitos idosos às praças, filas de banco e mercados, apesar dos apelos para que façam quarentena, já que são grupo de risco para a Covid-19.
Eles andam tão resistentes que, em bairros com maior proporção de idosos, como Copacabana, há carros de som circulando com alerta especial para que eles cumpram o isolamento. Na Praça Saens Peña, na Tijuca, onde grupos costumam se reunir para bater papo e jogar cartas, a saída foi interditar a área com uma fita preta e amarela usada para indicar zonas de perigo. Adiantou só ali, porque outros pontos do bairro estão cheios de "cabeças brancas" como Dona Doroti, que mora em São Gonçalo.
— Ela queria dar os parabéns a meu tio pelo aniversário dele. Pedimos que ela não saísse, mas ela respondeu que tinha um médico. Ligamos para o doutor e, de fato, ela tinha a consulta. Mas, à noite, quando telefonei para meu tio, escutei uma voz ao fundo. Quem estava lá? Ela — contou Fernandes.
De acordo com ele, Doroti é muito ativa e teve agenda intensa no o carnaval. Independentemente da circunstância, mesmo quando há notícias de tiroteio na região ou chove, ela sempre sai de casa. Foi por isso que ele decidiu adotar a estratégia mais austera.
— Quando ela atendeu o telefone, eu disse: 'A senhora foi vista circulando por Alcântara'. Ela perguntou de onde eu era. Eu disse que do INSS e continuei: ‘esse é o último aviso. Caso desrespeite, a senhora será bloqueada no INSS e vai ficar seis meses sem receber’ Ela pediu pelo amor de Deus que não, porque tinha contas a pagar. Agora, não sai de casa de forma alguma. Não vamos falar a verdade, até essa onda passar — afirma o analista.
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